domingo, 2 de março de 2008

Acertando algumas contas...

Resolvi que iria sair de casa naquela noite, já fazia algum tempo que minhas únicas companhias eram garrafas de vinho e discos de vinil, então tomei banho e saí. Não tinha em mente nenhum lugar em particular, simplesmente saí.
Decidi ir para a região em que se encontram os melhores lugares para se conhecer pessoas fui de ônibus e durante o trajeto ficava olhando a paisagem, durante a noite as ruas ficavam muito mais bonitas. Cheguei ao local, havia muitos bares e boates por perto e também uma praça onde pessoas ficavam passando o tempo.

Entrei em uma boate que lá havia, comprei algo para beber e enquanto a música tocava procurei conhecer alguma mulher, naquele tipo de ambiente isso não era difícil, vi uma garota sozinha e então me aproximei, e, depois de algumas palavras já estávamos nos beijando, era uma garota bonita, alta, cabelos escuros e lisos e pele clara, naquele momento comecei a achar que a noite não estava perdida. Depois de algum tempo e algumas bebidas fui ao banheiro e quando voltei eu a vi conversando com outros caras, não me importei muito afinal aquilo era uma boate, e não se deve deixar uma garota sozinha em uma boate. Saí de lá, aquilo já havia perdido a graça.

Resolvi ir para a praça que fica próxima ao local, comprei uma cerveja e um maço de cigarros em um bar em frente a praça e sentei-me em um dos banquinhos, já era madrugada e naquele lugar poderia ficar sossegado olhando as pessoas e pensando na vida. De repente ouço alguém gritando:
- Ei, idiota!
Nem dei atenção, não reconheci a voz então não pensei que fosse comigo, já que havia muitas outras pessoas na praça. Poucos segundos depois ouço a mesma coisa, mas dessa vez o som vinha de bem perto de mim, então olhei para o lado e o dono da voz disse:
- Lembra de mim?
Vi que era o cara que meses atrás tinha sido o motivo do término do meu namoro, então respondi que lembrava e continuei bebendo.

Logo ele se aproximou, parou na minha frente e disse que eu não deveria estar ali, pois aquele não era lugar para perdedores. Ele mal terminou de falar e um soco meu o atingiu no queixo, e antes que ele se recuperasse do susto uma seqüência de socos o acertou, seu nariz e sua boca estavam sangrando. Muitas pessoas haviam se aproximado para ver o que estava acontecendo, ele já estava caído, cuspindo sangue, então, peguei meus cigarros, acendi um e fui embora.
Depois disso tive certeza de que a noite não havia sido perdida, pelo menos acertei as contas, e acertei em cheio.

9 comentários:

Sujeito Oculto disse...

Quantas contas eu quis acertar... nunca por isso, mas mesmo assim!

André Cendon disse...

Eu tô a ponto de fazer uma toskeira dessas no meu serviço... tem nego aqui precisando de uma lição.

Anônimo disse...

muito bom^^

agiu como um verdadeiro homem digno^^

gostei do término, e a noite realmente não foi perdida rsrsrs
=)

Apoio seu modo de agir, e a frieza ao tratar com gente dessa laia.

Abraços^^

www.florestadeconcreto.wordpress.com

esse é meu blog de verdade, se quiser ler algo de poesia ou relacionado, fique a vontade^^

Paulo Eduardo disse...

Bom blog...

pelo que eu vi está no inicio ainda né?

Sucesso pra vc!

Anônimo disse...

GOstei do final foi bem reacao de homem de verdade, como nao existe mais infelizmente, parabens por esse conto e atualizou conte com a minha visita

Dan Dualiby disse...

Legal a crônica, bem escrita...
podia aprofundar mais o climax.

http://pontodcom.blogspot.com/

Se Liga Jovem disse...

muito bom o texto ;)

Clarissa. disse...

Te vi no orkut e vim te visitar...E te dar boas vindas :D
Adoro esse layout de blog. Sucesso pra vc viu.
Bjos

www.recantocativo.blogspot.com

Anônimo disse...

Legal!
Continue a escrever...

Sucesso.

Magazine ÓPe