Devaneios literários
Apenas bobagens com algum valor sentimental
quarta-feira, 25 de março de 2015
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
segunda-feira, 7 de abril de 2014
No início quem esperou foi você,
e como de costume, eu não percebi.
Estava perturbado demais para perceber qualquer coisa.
Quando abri os olhos já era tarde,
você já tinha ido embora, e eu estava sozinho.
Pela primeira vez te perdi.
Então dessa vez quem esperou foi eu,
você não sabia, mas eu esperava.
Você ameaçava voltar e eu me animava,
e então você recuava.
Continuei esperando.
O momento que tanto esperei chegou,
mas dessa vez você não veio.
Tentei encontrá-la,
mas você não permitiu.
Então pela segunda vez te perdi.
Antes mesmo de ter.
Está ficando escuro. Escuro demais para ver.
e como de costume, eu não percebi.
Estava perturbado demais para perceber qualquer coisa.
Quando abri os olhos já era tarde,
você já tinha ido embora, e eu estava sozinho.
Pela primeira vez te perdi.
Então dessa vez quem esperou foi eu,
você não sabia, mas eu esperava.
Você ameaçava voltar e eu me animava,
e então você recuava.
Continuei esperando.
O momento que tanto esperei chegou,
mas dessa vez você não veio.
Tentei encontrá-la,
mas você não permitiu.
Então pela segunda vez te perdi.
Antes mesmo de ter.
Está ficando escuro. Escuro demais para ver.
quarta-feira, 1 de maio de 2013
Se
Se, ao final desta existência,
Alguma ansiedade me restar
E conseguir me perturbar;
Se eu me debater aflito
No conflito, na discórdia...
Se ainda ocultar verdades
Para ocultar-me,
Para ofuscar-me com fantasias por mim criadas...
Se restar abatimento e revolta
Pelo que não consegui
Possuir, fazer, dizer e mesmo ser...
Se eu retiver um pouco mais
Do pouco que é necessário
E persistir indiferente ao grande pranto do mundo...
Se algum ressentimento,
Algum ferimento
Impedir-me do imenso alívio
Que é o irrestritamente perdoar,
E, mais ainda,
Se ainda não souber sinceramente orar
Por quem me agrediu e injustiçou...
Se continuar a mediocremente
Denunciar o cisco no olho do outro
Sem conseguir vencer a treva e a trave
Em meu próprio...
Se seguir protestando
Reclamando, contestando,
Exigindo que o mundo mude
Sem qualquer esforço para mudar eu...
Se, indigente da incondicional alegria interior,
Em queixas, ais e lamúrias,
Persistir e buscar consolo, conforto, simpatia
Para a minha ainda imperiosa angústia...
Se, ainda incapaz
para a beatitude das almas santas,
precisar dos prazeres medíocres que o mundo vende...
Se insistir ainda que o mundo silencie
Para que possa embeber-me de silêncio,
Sem saber realizá-lo em mim...
Se minha fortaleza e segurança
São ainda construídas com os materiais
Grosseiros e frágeis
Que o mundo empresta,
E eu neles ainda acredito...
Se, imprudente e cegamente,
Continuar desejando
Adquirir, Multiplicar, e reter
Valores, coisas, pessoas, posições, ideologias,
Na ânsia de ser feliz...
Se, ainda presa do grande embuste,
Insistir e persistir iludido
Com a importância que me dou...
Se, ao fim de meus dias,
Continuar Sem escutar, sem entender, sem atender,
Sem realizar o Cristo, que, dentro de mim, eu sou,
Terei me perdido na multidão abortada
Dos perdulários dos divinos talentos,
Os talentos que a Vida
A todos confia,
E serei um fraco a mais,
Um traidor da própria vida,
Da Vida que investe em mim,
Que de mim espera
E que se vê frustrada
Diante de meu fim.
Se tudo isto acontecer
Terei parasitado a Vida
E inutilmente ocupado
O tempo
E o espaço
De Deus.
Terei meramente sido vencido
Pelo fim,
Sem ter atingido a Meta
Professor Hermógenes
sábado, 22 de dezembro de 2012
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